terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Mama parte 06

Atuação da fisioterapia no Câncer de MAMA

OLÁ!

Hoje será a ultima postagem sobre o assunto este ano.
Falarei de uma forma simples e resumida como nós fisioterapeutas oncológicos atuamos no câncer de mama.


Pré -cirurgia:


Realizamos uma avaliação completa antes para que após a cirurgia podemos comparas as alterações e para detectar alguma alteração do movimento, da força ou da sensibilidade antes mesmo da cirurgia. além da avaliação orientamos a paciente em relação a cirurgia,  os cuidados imediatos que a paciente terá e as possíveis alterações que podem ocorrer a curto e a longo prazo. Sendo um momento para a paciente retirar todas as dúvidas quanto ao tratamento, curativo, drenos e movimentação do braço. 

Pré- Radioterapia :


Muito parecido com a conduta pré - operatória, será realizado uma avaliação previa e orientações em relação ao tratamento, além de tirar dúvidas da paciente.

Pós - operatório:


 No pós operatório imediato : Avaliação; orientação quanto aos cuidados com o membro superior, exercícios a 90° com o membro superior até a retirada dos pontos, retorno gradativo às atividades diárias  e posicionamento no leito. Sendo iniciados os primeiros exercícios (leves) , como a mobilização de ombro, de escápula , alongamentos cervicais e exercícios respiratórios.
No pós operatório tardio (cerca de 30 dias) : Avaliação; orientação quanto aos cuidados com o membro superior . O tratamento será traçado de acordo com as necessidades de cada paciente, podendo ser trabalhado exercícios para ganhar movimentação do braço, trabalho para ganho de força , diminuição da dor, retorno da sensibilidade , mobilização de cicatriz e tratamento para linfedema.

Durante ou pós radioterapia:


Muito parecido com a conduta pós operatória tardia, sendo realizada uma avaliação e a conduta será traçada em relação as necessidades do paciente, sendo realizados exercícios para ganhar movimentação do braço, trabalho para ganho de força , diminuição da dor, retorno da sensibilidade , mobilização de cicatriz.

Para que fique mais claro ilustrarei alguns exercícios realizados, alguns vídeos e um artigo do INCA sobre a rotina do hospital na área de câncer de mama.

LEMBRANDO:


 Cada hospital ou clinica possuí uma rotina;
NÃO realizar os exercícios aqui mostrados sem a supervisão de um profissional, cada paciente precisa de uma atenção especial e a prescrição de um exercício correto.













NÃO PENSEM QUE TODA PACIENTE  QUE TEVE CÂNCER DE MAMA TEM QUE ENFAIXAR O BRAÇO.

Artigo do INCA sobre a rotina do atendimento:

http://www.inca.gov.br/rbc/n_52/v01/pdf/condutas.pdf

Outros links sobre a atuação da fisioterapia no câncer de mama:

http://www.oncofisio.com.br/docs.php?menu=8&id=42
http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/65/12_Fisioterapia_baixa.pdf
http://www.blog.mcientifica.com.br/wp-content/uploads/2012/04/Exercicios-Reabilitacao.jpg








terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Mama 05




Hello galera, o post de hoje como havia dito será sobre possíveis alterações funcionais que podem acontecer após a mastectomia.

Lembrando que casa indivíduo é um ser ÚNICO, cada um responde de uma forma.  O fato de você ter feito a cirurgia, não quer dizer desenvolva alguma alteração funcional. Mas para que possamos entender uma das fases da atuação da fisioterapia, temos que saber quais são as possíveis alterações.

Segundo os autores GOMIDE; MATHEUS; REIS, CAMPANI; FRASSON, BARAÚNA SCHRENK WARMUTH os comprometimentos MAIS FREQUENTES no pós operatório para retirada de câncer de mama  são:

·         Linfedema

·         Dor

·         Aderência cicatricial

·         Diminuição da força muscular

·         Parestesias

·      Redução da mobilidade do membro homolateral  à cirurgia

E outra complicação como:

·         Síndrome da rede axilar

Segundo Campani e Frasson a principal causa de ocorrer a dor é devido a lesão do nervo intercostobraquial.

Entretanto, outros fatores como trauma cirúrgico e espasmo muscular da região cervical e do ombro, devidos à proteção muscular reflexa, podem também contribuir para o aparecimento da dor (GOMIDE; MATHEUS; REIS), estando esta associada a pontos dolorosos e pontos-gatilho (CERQUEIRA; BARBOSA; BERGMANN)

Segundo Henscher a ocorrência de distúrbios da sensibilidade está relacionada à secção ou trauma do ramo sensitivo do nervo intercostobraquial.

  O comprometimento do movimento do ombro pode ter origem multifatorial:

·         Os músculos peitorais, no ato cirúrgico, podem ser estirados, retirados ou traumatizados, sofrendo contraturas induzidas pela dor.

·         A radioterapia pode, também, causar fibrose do tendão e da bainha muscular, com consequente tensões musculares e limitação da movimentação do braço (KIM, HENSCHER, GOMIDE; MATHEUS; REIS).

·         Pela fadiga e pela presença de linfedema.

A insuficiência linfática pode ser mecânica ou dinâmica. A mecânica pode ser causada por interrupção anatômica ou pela radioterapia, caracterizada por alto conteúdo protéico nos linfonodos, podendo ser desenvolvido em semanas, meses ou anos após o tratamento do câncer (BRENNAN).

A infecção no membro operado, estresse muscular por excesso de uso do membro, vasodilatação por exposição ao calor local ou sistêmico, trauma no membro, massagem vigorosa e imobilização pode ocasionar linfedema (COHEN e TUNKEL).



As cicatrizes podem apresentar problemas como aderência, infecção, deiscência, fibrose e hipertrofia. A aderência cicatricial é a complicação mais frequente, caracterizada pela fixação anormal de tecidos que deveriam deslizar entre si. (CAMARGO e MARX).

Síndrome da rede axilar pode aparecer entre a segunda e a terceira semana pós-operatória. É formada por uma rede de cordões palpáveis sob a pele axilar, podendo passar pelo espaço cubital e ocasionalmente chegando até o polegar (MORKOVITZ).



O posicionamento da paciente durante a retirada dos linfonodos axilares e a retração tecidual causada na cirurgia são as possíveis causas da formação de coágulos de fibrina nas veias superficiais e capilares linfáticos, que compõe esta rede.

LEIDENIUS relata maior incidência da síndrome rede axilar após a linfadenectomia quando comparada a biopsia do linfonodo sentinela. Podendo ter uma melhora espontânea em 3 meses.


Próximo post será sobre a atuação da fisioterapia no câncer de mama.


Fonte (retirado dos artigos):

Leidenius M, Leivonen M, Vironen J, von Smitten K. The consequences of long-time arm morbidity in node-negative breast cancer patients with sentinel node biopsy or axillary clearance. J Surg Oncol. 2005;92(1):23-31.
Morkovitz AH, Anderson BO, Yeung RS, Byrd DR, Lawton TJ, Moe RE. Axillary web syndrome after axillary dissection. Am J Surg. 2001;181(5):434-9.
Camargo, M. C.; Marx, A. G. Reabilitação Física no Câncer de Mama. São Paulo: Roca, 2000.
Morkovitz AH, Anderson BO, Yeung RS, Byrd DR, Lawton TJ, Moe RE. Axillary web syndrome after axillary dissection. Am J Surg. 2001;181(5):434-9
Cohen SR, Payne DK, Tunkel RS. Lymphedema strategies for management. Cancer   Supplement, August 15, 2001;92(4).
Brennan MJ, Weitz J. Lymphedema thirty years after radical mastectomy.
Am J Phys Med Rehabil 1992;71:12-4.

sábado, 24 de novembro de 2012

Mama parte 04


Oi!!!

Hoje irei abordar de uma forma simples sobre as reconstruções mamaria após a mastectomia. As reconstruções podem ser imediatas ou não, isso vai depender do estadiamento do câncer, da cirurgia e das formas de tratamento (como a quimioterapia e a radioterapia)  e varia de acordo com o biótipo da paciente e o volume da mama.

Podendo ser com:

Retalho do músculo grande dorsal

¢  Este método de reconstrução mamária é utilizado principalmente em pacientes magras e que não ofereçam quantidade de tecido abdominal suficiente para uma reconstrução pelo retalho TRAM.

¢  O tecido é tunelizado até a região da mastectomia e usado então para criar uma “nova mama”. Um implante também pode ser utilizado nestes casos quando o tecido não for suficiente para criar a “nova mama”.

¢  A cirurgia resulta em uma cicatriz no dorso horizontal que pode ser escondida pelo sutiã ou roupa de banho, além de outras cicatrizes na mama reconstruída.








TRAM

¢  Na reconstrução mamária com rotação de retalho de músculo reto abdominal (TRAM) a pele e gordura da porção inferior do abdômen são levadas, por meio de um túnel, até a região da mama a ser reparada, junto com os músculos abdominais, que servirão como fonte vascular para irrigação sangüínea do retalho.

¢  Nesta cirurgia a paciente precisa ter algum tipo de sobra de pele no abdômen, caso contrário não é possível realizar, sendo muito realizado em pacientes que já tiveram filhos.

¢  É uma cirurgia que além de reconstruir a mama melhora a aparência do abdômen. As cicatrizes resultantes serão na mama reconstruída e no abdômen inferior.








EXPANSORES

¢  Uma vantagem no uso do expansor cutâneo consiste na possibilidade de reconstrução dos tecidos com semelhança de cor e textura.

¢  O expansor de tecido é semelhante a uma prótese vazia colocada sob a pele normal, e que gradualmente é inflado com soro fisiológico de modo a expandir o tecido até alcançar um tamanho semelhante à mama que se deseja reproduzir.

¢  Em uma segunda intervenção cirúrgica, o expansor da pele é retirado para a colocação do implante definitivo, geralmente abaixo do músculo peitoral, que poderá variar de tamanho e forma em função da expansão alcançada e da forma desejada.





Caso for preciso:




PRÓTESE DE SILICONE

¢  A reconstrução mamária com prótese de silicone é utilizada em pacientes que não têm quantidade de tecido suficiente para ser feita a reconstrução da mama.
¢  Para a indicação dos implantes é necessária a boa conservação de pele e da musculatura peitoral, como ocorre no tratamento cirúrgico dos estágios iniciais do câncer de mama, que em muitos casos poderão ser submetidos ao tratamento conservador





MAMILO

¢  Boa parte das pacientes que se submeteram à “mastectomia” (retirada da mama), seja total ou parcial, precisarão também da reconstrução da aréola e do mamilo, caso eles tenham sido distorcidos ou retirados. Sendo uma reconstrução geralmente tardia, só após a finalização de reconstrução da mama. Onde duas técnicas podem ser usadas:






CONTRA INDICAÇÕES

Doença localmente avançada. É melhor adiar a reconstrução até que se consiga o controle local da doença.

Achei no youtube esse vídeo interativo sobre os tipos  reconstruções da mama:




Próximo post será sobre a possíveis alterações funcionais que podem acontecer após a cirurgia, para que possamos entender a atuação da fisioterapia.




Fonte:










terça-feira, 20 de novembro de 2012

Jornada Magnitude, transcendência e vulnerabilidade do HPV: subsídios para intervenção

Olá!



Dia 22 a 24 de Novembro acontecerá  a Jornada Magnitude, transcendência e vulnerabilidade do HPV: subsídios para intervenção.

Será uma jornada que abordará assuntos muito interessantes e atuais. Será realizado no Auditório 3 Faculdade de Ciências da Saúde UnB.

Inscrições até dia 21 de Novembro

VAMOS PARTICIPAR?






Taxa de Inscrição

CATEGORIA
Estudantes*                                               R$ 30,00
Profissionais de Nível Superior               R$ 60,00
Associados quites com a SBDST             isentos                                     

Inscrições pelo FORMSUS:


CONTA PARA DÉPOSITO:
Banco do Brasil – Ag: 1003-0     CC: 34 570-9 

Portar comprovante de depósito para participar da Jornada



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

27 de Novembro: Dia Nacional de Combate ao Câncer

O Dia Nacional de Combate ao Câncer foi criado em 1988 para ampliar o conhecimento da população sobre o tratamento e, principalmente, sobre a prevenção da doença. (INCA)




VAMOS PARTICIPAR!!!!

domingo, 18 de novembro de 2012

Mama parte 03


Olá!!!
Hoje irei abordar alguns tipos de cirurgias realizadas na mama para a retirada do tumor ou do câncer, de forma simples e resumida.

Lumpectomia: remove apenas o nódulo mamário e uma margem adjacente de tecido normal.

Quadrantectomia: o nome vem da palavra quadrante, ou seja, uma parte da mama é retirado e uma parte maior de tecido.

Mastectomia radical: Mastectomia radical a Halsted, consiste na retirada da glândula mamária, associadas à retirada dos músculos peitorais e a linfadenectomia axilar completa. Atualmente é um procedimento incomum, devido a resultados bastante satisfatórios de técnicas mais conservadoras (como a Madden e Patey).

Mastectomia  de Patey:  Retirando a mama, peitoral menor e linfáticos axilares, preservando o peitoral maior, protegendo assim o gradil costal e mantendo uma melhor movimentação do membro superior realizado a cirurgia.

Mastectomia de Madden:  Remoção de glândula mamária, aponeurose anterior e posterior do músculo peitoral maior e esvaziamento axilar, mas os músculos peitorais são preservados.


(Lumpectomia/ Quadrantectomia/ Mastectomia modificada/ Mastectomia radical)

Linfonodo Sentinela

A biópsia de linfonodo sentinela é um exame para identificar se há ou não metástase nos linfonodos, neste caso nos linfonodos axilares.
O linfonodo sentinela é definido como o primeiro linfonodo  a drenar um câncer de mama específico, sendo o primeiro sítio a receber metástases se ocorrer disseminação linfática.
O linfonodo sentinela é identificado através da utilização de material radioativo azul (Radiofármaco), injetado na mama e que se concentra preferencialmente neste linfonodo, com a utilização do “Gama-probe” (aparelho capaz de detectar  o radifármaco) e/ou do corante azul patente. Depois de identificado o linfonodo é retirado e encaminhado para avaliação histopatológica.


Esvaziamento axilar

Caso na biópsia do linfonodo sentinela dê positivo (que haja metástase) é feita a retirada cirúrgica dos gânglios linfáticos da axilaPodendo ser conservadora (retirada do nível 1 e 2   [ descrito em mama parte 02]) ou total.

Achei um vídeo interativo no youtube em inglês que mostra os tipos de mastectomias:





Próximo post irei falar sobre tipos de reconstruções da mama.

Fonte:








terça-feira, 6 de novembro de 2012

Mama parte 02



Hoje irei falar de uma maneira resumida e básica sobre a vascularização, a inervação e os linfonodos da mama:

Vascularização

  A mama é irrigada principalmente pela artéria mamária interna, ramo da artéria subclávia, e por ramos da artéria axilar
·  Os ramos axilares da vascularização mamária partindo da porção mais lateral para a medial, são:
§  Artéria subescapular;
§   Artéria torácica lateral ou torácica externa;
§  Artéria acromiotorácica.


 1. Artéria mamária interna. 2; Artéria acromiotorácica; 3. Artéria torácica lateral; 4. Artéria subescapular.


O principal suprimento sanguíneo vem das artérias mamárias internas (60%) e da torácica lateral (30%).

Inervação

Plexo braquial

O membro superior é inervado pelo plexo braquial situado no pescoço e na axila. 



Cada músculo do membro superior e do tronco possui um nervo responsável, aqui citarei os nervos mais importantes para a fisioterapia, pois esses são os mais manipulados durante as mastectomias:

Nervo Torácico Longo (Nervo de Bell)


Nervo motor (responsável pelo o movimento). 
 Inerva o músculo serrátil anterior .


Nervo Toracodorsal              

Nervo motor
 (responsável pelo o movimento). 
 Inerva o músculo grande dorsal








Os Ramos Cutâneos Laterais dos Nervos Intercostais
Nervo sensitivo (responsável pela sensação). Inerva a pele da parede torácica lateral e da face medial (parte de dentro) do braço.

Nervo intercostobraquial

Nervo sensitivo (responsável pela sensação).
Inerva a  face medial (parte de dentro) e posterior do braço.

Sistema Linfático
O sistema linfático é uma rede complexa que produzem e transportam o fluido linfático dos tecidos para o sistema circulatório.

O sistema linfático também é um importante componente do sistema imunológico colaborando para a proteção contra bactérias e vírus.

Grande parte da drenagem linfática da mama segue em direção aos linfonodos axilares (97%), por esse motivo iremos focar nos linfonodos axilares:

Linfonodos Axilares
       O sistema linfático axilar é constituído de grupos de linfonodos situados ao longo dos vasos axilares e ao longo dos ramos vasculares da mama. A disposição dos linfonodos, bem como o seu número, não são constante.

Os linfonodos axilares são subdivididos em três níveis assim descritos:

        Linfonodos do primeiro nível axilar - localizados a partir da margem medial do músculo subescapular, tendo como limite a margem lateral do músculo pequeno peitoral.
       Linfonodos do segundo nível axilar - localizados na região abaixo do músculo pequeno peitoral.
       Linfonodos do terceiro nível axilar - localizados a partir da margem medial do músculo peitoral menor, tendo como limite o músculo subclávio, considerado o ápice da axila.


       Complicado? Essa é uma divisão cirúrgica. Não achei uma figura que explicasse essa divisão, mas achei nesse site (http://www.centrodemama.com.br/paginas/pacientes_e_publico/anatomia_da_mama) outra forma de divisão e até um pouco mais clara que a anterior:

     1.  Linfonodos da cadeia axilar                  
2.  Linfonodos da cadeia mamária interna
3.  Linfonodos da cadeia supraclavicular




Próximo post será sobre os tipos de mastectomias.


Fonte:
http://www.ronaldoazze.com.br/informe_medico/4.asp
http://www.auladeanatomia.com/linfatico/linfa.htm
http://grupomamacancer.wordpress.com/2010/11/07/glandula-mamaria-anatomia/
http://www.centrodemama.com.br/paginas/pacientes_e_publico/anatomia_da_mama
http://www.bgcirurgiaplastica.com.br/procedimentos_cirurgicos-amama.htm
http://www.bibliomed.com.br/bibliomed/bmbooks/oncologi/livro2/cap/cap02.htm
http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=1&materia_id=435&materiaver=1