Boa noite!!!
Seguindo o
cronograma das postagens anteriores, continuarei até o final do ano postando
artigos sobre algumas técnicas ou
modalidades que podemos usar na fisioterapia em oncologia.
LEMBRANDO SEMPRE
que em uma sessão de fisioterapia usamos várias técnicas para reabilitar. O
objetivo dessas postagens é abordar o que se pode ser usado durante tratamento.
Hoje será sobre a Linfoterapia: Técnica da Linfoterapia foi
criada pela Profª. Dra. Angela Marx, após uma consistente formação no Hospital
Foldi, na Alemanha e também com estágios realizados na França e Bélgica, há
mais de 25 anos, contando com a colaboração da Dra. Márcia Camargo.
Para isso escolhi artigo onde a Fisioterapeuta Dra. Angela Marx também participa:
EFEITOS DA LINFOTERAPIA EM PACIENES COM LINFEDEMA DE MEMBROS INFERIORES PÓS- INFECÇÃO POR ERISIPELA.
Para entendermos melhor o artigos , temos que conceituar tanto linfedema quanto erisipela:
Linfedema :É o acúmulo de líquido intersticial rico em
proteínas de alto peso molecular. No linfedema, o sistema linfático não é capaz
de drenar eficazmente a linfa de uma determinada região do corpo, por
alterações na estrutura ou na função linfática.
Os linfedemas podem ser primários ou secundários, sendo
estes os mais comuns.
Pode ser clinicamente classificado
em graus: leve, moderado e acentuado, ou em Fases de I a IV.
Várias podem ser as causas do linfedema como:
* Pós infecções ( erisipela, celulite, filariose)
*Traumatismos linfáticos em geral (cirurgias)
* Complicações causadas pelo tratamento oncológico.
Erisipela: Infecção bacteriana da pele que atinge sua porção mais
profunda , causada pela bactéria estreptococos.
Resumo do estudo:
Estudo realizado em 2008, com 3 paciente que apresentavam linfedema secundário em membros inferiores grau II e VI após infecção por erisipela.
Foram realizados 15 sessões de linfoterapia , 3x por semana, duração de cada sessão média de 50 minutos.
Após a 5° sessão as paciente começaram a apresentar diminuição significativa do linfedema, ao termino as paciente apresentaram em média 11% de diminuição de região do dorso do pé e 21% de diminuição em região de tornozelo.
Imagem tirada do artigo
A técnica: Possuí o objetivo de redução máxima do volume do linfedema, redução da
melhora da estética e da funcionalidade do membro.
O Linfedema leve (Fase I) - pode eventualmente regredir, com
orientações dos cuidados profiláticos com a pele, cinesioterapia específica e
auto-massagem. A Drenagem Linfática Manual é também muito indicada nessa
fase.
Nos Linfedemas moderados a acentuados (fases II, III e IV) -
onde já exista fibrose e fibroesclerose da pele, precisa ser usado de todos os recursos da Linfoterapia.
O fisioterapeuta com Formação em Linfoterapia, de acordo com
seu diagnóstico funcional e baseado na sua avaliação detalhada, estabelecerá um
programa individualizado de tratamento.
O tratamento é dividido em 2 fases:
1ª fase – Com duração média de 4 a 6 semanas
Intensiva- com freqüência diária - preferencialmente
Inicia com orientações gerais ao paciente sobre o tratamento
A Drenagem Linfática Manual deve ser realizada inicialmente.
A Terapia Compressiva com a aplicação de bandagens multi camadas e associada à
cinesioterapia, complementa o tratamento.
2ª fase - Manutenção
Objetivo: manter a melhora conseguida na 1ª fase, para
evitar a recidiva do linfedema.
Paciente deve estar bem conscientizado, orientado e
comprometido com o tratamento.
Uso contínuo de contenção elástica adequada, indicada pelo
fisioterapeuta. Reforço das orientações quanto aos cuidados da pele, exercícios
físicos e automassagem.
Duração: Reavaliações mensais.
Enfaixamento em multicamadas
Meia compressiva
Como colocado anteriormente, o profissional precisa de formação na técnica para que assim o paciente possa ser tratado da melhor forma e que apresente diminuição do linfedema. Linfedema tratado de forma incorreta pode agravar ,avançando o grau.
Procure um profissional da área que tenha o curso. E mãos a obra materiais prontos, vamos começar a enfaixar em 3,2,1...
Textos , imagens e artigos retirados:
http://patyfigueira.lwsite.com.br/linfedema
http://www.sflb.com.ar/revista/2009_04_12-04.pdf
http://www.oncologiaginecologica.com.br/linfedema
