Hello
galera, o post de hoje como havia dito será sobre possíveis alterações
funcionais que podem acontecer após a mastectomia.
Lembrando
que casa indivíduo é um ser ÚNICO, cada um responde de uma forma. O fato de você ter feito a cirurgia, não quer
dizer desenvolva alguma alteração funcional. Mas para que possamos entender uma
das fases da atuação da fisioterapia, temos que saber quais são as possíveis
alterações.
Segundo
os autores GOMIDE; MATHEUS; REIS, CAMPANI; FRASSON, BARAÚNA SCHRENK WARMUTH os comprometimentos
MAIS FREQUENTES no pós operatório para retirada de câncer de mama são:
·
Linfedema
·
Dor
·
Aderência
cicatricial
·
Diminuição da força muscular
·
Parestesias
· Redução
da mobilidade do membro homolateral à
cirurgia
E outra complicação como:
·
Síndrome da rede axilar
Segundo Campani e Frasson a principal
causa de ocorrer a dor é devido a lesão do nervo intercostobraquial.
Entretanto, outros fatores
como trauma cirúrgico e espasmo muscular da região cervical e do ombro, devidos
à proteção muscular reflexa, podem também contribuir para o aparecimento da dor
(GOMIDE; MATHEUS; REIS), estando esta associada a pontos dolorosos e
pontos-gatilho (CERQUEIRA; BARBOSA; BERGMANN)
Segundo
Henscher a ocorrência de distúrbios da sensibilidade está relacionada à secção
ou trauma do ramo sensitivo do nervo intercostobraquial.
O
comprometimento do movimento do ombro pode ter origem multifatorial:
·
Os músculos peitorais, no ato cirúrgico, podem
ser estirados, retirados ou traumatizados, sofrendo contraturas induzidas pela
dor.
·
A radioterapia pode, também, causar fibrose
do tendão e da bainha muscular, com consequente tensões musculares e limitação da
movimentação do braço (KIM, HENSCHER, GOMIDE; MATHEUS; REIS).
·
Pela fadiga e pela presença de linfedema.
A
insuficiência linfática pode ser mecânica ou dinâmica. A mecânica pode ser
causada por interrupção anatômica ou pela radioterapia, caracterizada por alto
conteúdo protéico nos linfonodos, podendo ser desenvolvido em semanas, meses ou
anos após o tratamento do câncer (BRENNAN).
A
infecção no membro operado, estresse muscular por excesso de uso do membro,
vasodilatação por exposição ao calor local ou sistêmico, trauma no membro,
massagem vigorosa e imobilização pode ocasionar linfedema (COHEN e TUNKEL).
As
cicatrizes podem apresentar problemas como aderência, infecção, deiscência,
fibrose e hipertrofia. A aderência cicatricial é a complicação mais frequente,
caracterizada pela fixação anormal de tecidos que deveriam deslizar entre si.
(CAMARGO e MARX).
Síndrome
da rede axilar pode aparecer entre a segunda e a terceira semana pós-operatória.
É formada por uma rede de cordões palpáveis sob a pele axilar, podendo passar
pelo espaço cubital e ocasionalmente chegando até o polegar (MORKOVITZ).
O
posicionamento da paciente durante a retirada dos linfonodos axilares e a retração
tecidual causada na cirurgia são as possíveis causas da formação de coágulos de
fibrina nas veias superficiais e capilares linfáticos, que compõe esta rede.
LEIDENIUS
relata maior incidência da síndrome rede axilar
após a linfadenectomia quando comparada a biopsia do linfonodo sentinela.
Podendo ter uma melhora espontânea em 3 meses.
Próximo post será sobre a atuação da fisioterapia no câncer
de mama.
Fonte (retirado dos artigos):
Leidenius M, Leivonen M, Vironen J, von Smitten K. The consequences
of long-time arm morbidity in node-negative breast cancer patients with
sentinel node biopsy or axillary clearance. J Surg Oncol. 2005;92(1):23-31.
Morkovitz AH, Anderson BO, Yeung RS, Byrd DR, Lawton TJ, Moe
RE. Axillary web syndrome after axillary dissection. Am J Surg.
2001;181(5):434-9.
Camargo, M.
C.; Marx, A. G. Reabilitação Física no Câncer de Mama. São Paulo: Roca, 2000.
Morkovitz AH, Anderson BO, Yeung RS, Byrd DR, Lawton TJ, Moe
RE. Axillary web syndrome after axillary dissection. Am J Surg. 2001;181(5):434-9
Cohen SR, Payne DK, Tunkel RS. Lymphedema strategies for
management. Cancer Supplement, August
15, 2001;92(4).
Brennan MJ, Weitz J. Lymphedema thirty years after radical
mastectomy.
Am J Phys Med Rehabil 1992;71:12-4.
Nenhum comentário:
Postar um comentário